sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eu fui







A tantos lugares e de formas tão diferentes que resolvi listar alguns. Quando talvez estiver sem nada em que pensar para escrever posso sacar um desses trajetos e escrever a história toda. Vamos lá.

Eu fui de ônibus de São Paulo até João Correia, interior da Bahia, há 448 Km de Salvador, de férias com uma amiga que tinha parentes por lá.

Eu fui de Fiat 147 até a cidade de Cruzeiro, no Vale do Ribeira, com meu grupo de teatro apresentar a peça de Paletó e Pés no Chão.

Eu fui de avião a Salvador, a Recife, ao Rio de Janeiro, a Belo Horizonte, a Fortaleza, a Porto Alegre, a Belém do Pará, a Blumenau, a São Luis do Maranhão...

Eu fui de caminhão, daqueles de tanque de combustível, da Shell, com meu pai, de Presidente Prudente a Quatá, a Bastos, a Santópolis do Aguapeí...

Eu fui a pé, de madrugada, da Avenida Paulista até o Ipiranga porque não tinha mais ônibus.

Eu fui de carona, dedo em riste, carros que nem me lembro mais, de São Paulo até Marília, com mais 2 amigos, visitar a Tânia, que era do nosso grupo de teatro e havia se mudado para lá.

Eu voltei de Marilia a São Paulo de trem, com passagem comprada... bem, comprada pelo pai da Tânia.

Eu fui de business até Madrid.

Eu fui de classe econômica até New York.

Eu fui a cavalo da hípica, nos arredores de Mairiporã, até a estrada do outro lado.
Eu fui de avião a Argentina, ao Chile, a Venezuela, ao Peru, ao Uruguai e a Guatemala.

Eu fui de bicicleta de Presidente Prudente até um sítio ali pelos arredores, quebrei a unha do dedão esquerdo ao meio na cachoeira, colhi algodão em uma plantação para socorrer o sangue e voltei empurrando a bicicleta com ajuda dos amigos.
Eu fui de táxi de Nice até Cannes.

Eu fui de Pantanal (me recuso a dizer que é uma aeronave) de São Paulo a Presidente Prudente.

Eu fui de carro de São Paulo até Anápolis em Goiás, de lá a Pirinópolis e depois até Brasilia.

Eu fui caminhando de muletas depois de operar o joelho de casa até o trabalho (ok, não dava cem metros!)

Eu fui de carro de Barcelona até Andorra, depois a Besalu, a Granada, a Torremolinos, a Málaga, a Sevilla...

Eu fui de moto da Boa Viagem até Olinda.

Eu fui de jangada de uma praia de Olinda até uma ilhota de areia com um bar no meio.

Eu fui de barco de Angra dos Reis até a Ilha do Arroz.

Eu fui de charrete da fazenda do meu avô até a cidade mais próxima, Garça, sem permissão, com minhas irmãs mais velhas. Com o Pombinho puxando, um cavalo branco que apenas Augusto e eu podíamos montar, imagina o tamanho da bronca!

Eu fui de patinete da minha casa, em Tupã, até a casa da minha melhor amiga, que ficava a 3/4 quadras de distância.

Eu fui de ônibus de Presidente Prudente a Maringá.
Eu fui de carrinho de rolemã, relíquia do meu irmão, ladeira abaixo na rua em que morávamos, em Osvaldo Cruz, até me espatifar no meio fio depois de atravessar a rua tal qual uma roleta russa (se bem que em Osvaldo Cruz para passar um carro...)

Eu fui de helicóptero da Torre Norte do Cenu até o prédio da DM9 na Av. Brig. Luis Antonio.

Eu fui de ônibus de São Paulo a São José do Rio Preto.

Eu fui de carro de São Paulo a São José do Rio Preto.

Eu fui de carro de São Paulo até Pirassununga.

Eu fui de carro até o Rio de Janeiro e fui a Floresta da Tijuca, de carro em disparada para não perder um casamento.

Eu fui de carro de Madrid a Portugal, cidadezinhas encantadoras pelo caminho.

Eu fui de metrô da Av. Paulista até o Belém.

Eu fui de Passat, chamado Sophia, de São Paulo até São José do Rio Preto.

Eu fui de trem de Tupã a Osvaldo Cruz.

Eu fui de carro de Jundiaí até Maresias.

Eu fui de ônibus de Tupã até Marília.

Eu vou de carro de Jundiaí a São Paulo e, como em quase todos os outros trajetos, tenho vontade de acenar para as árvores. E aceno, quando não estou dirigindo!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Se o peru pode apitar, a fralda também. Inovações

Tenho memória da minha vida desde os 4 anos de idade.
Portanto, há quarenta anos, no dia 28 de abril, que é meu aniversário ouço a mesma história, contada pela minha mãe e complementada por meus irmãos. Por telefone ou pessoalmente.

Nasci em casa.
A poesia de minha mãe narra que no dia 27 choveu muito, mas muito mesmo e que o dia 28 amanheceu lindo, ensolarado, como se Deus tivesse lavado o mundo para me receber!

Meus 3 irmãos foram para a escola e pouco antes do meu pai sair para o trabalho as dores começaram.
Minha mãe tomou um banho, deitou-se em sua cama e meu pai foi, à pé, até a casa da minha avó Amélia Maria. Voltaram juntos e vovó fez o meu parto.

Simples assim. Quando meus irmãos voltavam da escola a vizinha que estudava a tarde os encontrou no caminho e contou a novidade.
Todos saíram correndo e meu irmão, que até então era o caçula, caiu em uma poça, recordação da chuvarada.
A mais velha vinha de uma prova de matemática, da qual nunca soube a nota.

Bem, eu pesei quatro quilos e meio. Não é de se espantar. Depois de me dar um banho e me enrolar em faixas, cueiros, pagão e não sei mais o quê (imagino que a maioria nem tem ideia de que coisas são essas!) minha avó andou uma quadra, atravessou a rua e me pesou na balança do armazém.

É. Na mesma balança em que pessoas na fila aguardavam para pesar batatas, feijão, milho e etceteras.
Não me mediram mas devia ter uns 70 centímetros, a julgar pelo meu 1,63 cm e 50 quilos, não dá pra desmentir a lenda interiorana.

Tudo isso em uma cidadezinha chamada Osvaldo Cruz, que é óbvio, existe até hoje.

Pois fico pensando nos produtos que são lançados para bebê hoje. Que delícia ser moderno, não é? Colheres de silicone para não machucar a gengiva, protetores de tomadas, carrinhos de 3 rodas para mães atléticas, termômetro que mal chega perto da testa apita em segundos para medir a febre e a incontestável praticidade das fraldas descartáveis e suas incríveis variações de cores, formas, tamanhos.
Aí pensei, porque não criamos e testamos uma fralda que apita quando o bebê faz alguma coisinha? Como o apito do peru. Claro que com dispositivo on/off para não atrapalhar o sono.

Algum fabricante interessado em inovação? Eu posso comandar os testes de avaliação de produto com mães, pais e bebês. Aguardo contato!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Poder de síntese

Definitivamente não tenho. Eu poderia dizer: não tenho pensamentos pequenos. Mas isso não traduz o que eu quis dizer com poder de síntese.

Tenho que me permitir fazer alguns exercícios. Eu sempre uso o dobro de palavras do que seria necessário.

Talvez eu pudesse começar com frases de efeito, que eu também poderia oferecer aos donos de caminhão.

Primeiro exercício:

1) Preciso de ajuda alheia, auto ajuda pratico desde sempre
(que rebuscado!)

2) Pai nosso que estais no céu, que vidão, hein?
(que blasfêmia! ainda bem que minha mãe não usa a internet)

É, não está dando certo.

Lembro-me da primeira análise que fiz de um estudo quando trabalhei na Ipsos.
Estava muito orgulhosa do meu texto quando me perguntaram:
- quem escreveu isso? Machado de Assis?

Pobre Machado, me alivia saber que ele não ouviu essa ofensa!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Eu sou o target

Seria assustador se eu tivesse que escolher e vender algum produto para mim, na TV, por exemplo.
O que eu venderia/compraria?
Trabalho com o mesmo banco há anos e jamais fui pessoalmente a agência que sei fica na gabriel monteiro da silva, mas "falo" com meu gerente por e-mail, não é fantástico? Pois banco eu não compraria.

Bolsas, sapatos e acessórios que me fascinam também não compraria por ter visto um anúncio na TV. Se eu vi, tanta gente viu que não vai ter graça. E tem coisa mais gostosa do que estar passando em frente a uma vitrine e sentir aquele tremor, aquele disparo de coração e bambear de pernas diante de uma bolsa verde que finge que não te viu? Que te desdenha e permanece lá, imóvel, te olhando de rabo de olho e advinhando seus próximos passos? Que na verdade serão com as mãos, digitar a senha do cartão!

Brinquedos podem funcionar, sempre preciso de ideias, Natal, Dia de Reis, Páscoa, Aniversário, Culpa, etc, mas não são exatamente para mim.

Coisas de supermercado também não. Sempre preciso ligar e perguntar para alguém que marca usamos de feijão, de lustrador de móveis, não, isso não.

Viagem? Hum, adoro mas não escolheria um destino por ter visto um comercial na TV. Quero levar as meninas para conhecer o Alhambra, em Granada na Espanha. Saudade dos gatos de todas as cores esparramados no sol.

É, não sei.

Livros. É, eu compraria um livro que falasse comigo em algum anúncio de TV. Mas não se anunciam livros na televisão.

Eu sou o target, mas ainda não descobri o produto. Quem se habilita?

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Criatividade - um diferencial em qualquer tempo

Para o bem ou para o mal.
Nos idos de 1940 meu avô paterno Augusto administrava uma fazenda.
Rosto vermelho de italiano que não se entende com o sol sabia tudo o que estava acontecendo.
Uma conversa aqui, outra ali, começou a correr a notícia de que a fazenda estava mal assombrada e os colonos estavam todos assustados.
Ah, seu Augusto logo quis saber que conversa era aquela e ouviu não de um, mas de vários moradores da colônia que, à noite, viam quatro vultos carregando um caixão.

Bom, conversa que passa, conversa para animar a colheita de café, pensou. Mas não passou.
As mulheres recolhiam as crianças lá pelas seis da tarde e logo todas as casas se fechavam e aí sim, parecia um lugar assombrado.

Seu Augusto, cansado desse assunto, mas quieto, sem dizer nada a ninguém, passou a mão na espingarda e ficou de guarda, escondido lá pelo meio das pilhas de lenha.
Uma noite, duas, três, na quarta ia desistir quando viu o cortejo ali pelas nove e meia da noite.
Não teve dúvida. Apontou a espingarda e saiu chispando em direção aos vultos, que de vultos não tinham nada.

Tinham eram boas pernas e abandonando o caixão entraram pela mata adentro e nunca se soube quem eram.
O caixão não estava vazio, mas não levava nenhum defunto. Estava era repleto de grãos de café que, semana após semana, iam sendo roubados.

Acabou-se a assombração mas não sei qual foi o destino do caixão. Certamente essa pergunta foi uma das tantas que ficou sem resposta, não porque ele não me desse atenção, mas porque eu perguntava demais. Em algum lugar ele está pensando: e essa moleca ainda se lembra dessa história!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Aceito indicações (e doações!) de livros infanto-juvenis

Perdi o posto de leitora voraz na minha casa para minha filha mais velha, Antonella.
Na tarde da última sexta-feira em que teve aula fomos à livraria e compramos um livro para que ela lesse nas férias. Píppi MeiaLonga de Astrid Lindgren (156 págs.). Na tarde de domingo ela já tinha terminado.
Então voltamos à livraria e compramos os outros dois da trilogia: Píppi nos Mares do Sul (110 págs.) e Píppi a Bordo (157 págs.).

Lidos esses 3 retomou a leitura das Crônicas de Spiderwick. Ela já tinha lido 2 volumes, compramos mais 2 e o último direto da editora Rocco, pela internet, porque já está esgotado há algum tempo nas livrarias. Nesse meio tempo saquei algumas relíquias da nossa biblioteca como Meu Pé de Laranja Lima, O Pequeno Príncipe e Mobdick porque eu não podia ir à livraria a cada 2/3 dias.

Ontem compramos Os contos de Beedle, o Bardo, de J.K.Rowling e Coraline de Neil Gaiman. Esse último estimulado pelo filme que logo entrará em cartaz. Antonella opina como eu, é sempre bom ler o livro antes de ver o filme.

Resumindo, foram 9 livros — nenhum com letras grandes e cheios de figuras — um em curso e outro aguardando, em menos de 2 meses.
Isso nos intervalos entre andar de bicicleta, perseguir os gansos, piscina, colar figurinha, ir na casa dos amigos, receber os amigos, ai, canso só de descrever, e à noite, antes de dormir.

As aulas começam no dia 2 de fevereiro. Lista de material repleta de livros para leituras mensais. Imagino que certas crianças e muitos adultos tremeriam ao conferir mas, a minha italianinha, do alto dos seus 9 anos me encara:
- mãe, você ainda não comprou?!?!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A entidade "O Consumidor"

Antes de dormir os pensamentos ficam inquietos, algumas vezes com coisas de trabalho.
É divertido participar de reuniões onde se discutem posicionamento de marca, novos produtos, novas campanhas de comunicação.
Distanciar-se e ouvir é puro prazer. O consumidor é tratado como uma entidade. Como um ser distante e frio no qual não chegamos sem estudos complexos, longos e caros, sem ações de relacionamento, fidelização, ativação de marca, e, claro, tudo isso faz muito sentido, é a minha matéria prima, mas nunca vi, em nenhuma oportunidade, alguém calçando o sapato do outro, o sapato do consumidor.
O consumidor não é uma entidade. Sou eu, minha mãe, minha irmã, meu vizinho, minha auxiliar, o moço que abastece o carro, o porteiro, pessoas tão próximas que nem enxergamos!
Tropeçamos nos nossos consumidores e nem sempre pedimos desculpas, afinal é ele que está fora do lugar!

Nunca me esquecerei de uma senhora de uns 50 anos, de origem japonesa, que ao responder sobre detalhes de uma nova máquina de lavar em um estudo para uma grande marca me perguntou:
- engenheiro que fez não tem mamãe? não perguntou pra mamãe dele?

E recolheu-se em seu riso tímido e sábio. Não pude reproduzir a pergunta, eu era apenas a menininha da pesquisa.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Obama

Estava em New York quando Obama venceu as eleições.
Estou em Jundiaí no dia da posse e não há vôo direto para Washington. Estar aqui e acolá é o que de mais moderno pode acontecer na vida das pessoas.

Duas outras modernidades que me fascinam em cadeia: o microondas que permitiu a pipoca pronta em 3 minutos que me libertou para sempre daqueles que dominam a arte do fogão

Dois temas velhos que ainda rendem

Não assisto TV aberta. Nenhuma razão especial, elitismo, frescura, rompantes de intelectualidade, nada disso. Apenas tenho pouco tempo, divido o controle remoto com duas garotas e quase nada me interessa. Mas fico de olho nas minisséries. Os temas são mais interessantes, começo sabendo que tem fim e quando é, tarde da noite, perfeito.
CAPITU. Sonhei ver Capitu, mas para mim um capítulo e meio foram suficientes para detectar um pesadelo e lamentando, mudei de canal. Fui salva por Diogo Mainardi que escreveu tudo o que pensei sobre o pouco que vi em sua coluna na Veja. Sim, eu leio Veja.

E isso me leva ao outro tema que, embora velho, ainda rende. Eu leio Veja, leio jornais, outros títulos de revistas, livros, muitos livros (só não os de auto-ajuda porque na verdade eu preciso de ajuda alheia, eu mesma sempre me ajudei!) e internet e bula de remédio e apostilas da escola das crianças e folhetos imobiliários e sites em espanhol, inglês, italiano, mesmo não sendo fluente nos idiomas, eu quero sempre descobrir coisas novas e leio Roberto Damatta no Estado, que como todo mundo ficou estarrecido com a declaração de Lula, dizendo que não lê.
Entendo a decepção de todos, mas muitos como eu devem estar pensando, estão surpresos com o quê exatamente? (Hum... acho que esse circunflexo não proteje mais o meu e do sol da nova ortografia...)
Esperar que leia um cara que passou vinte anos com objetivo único de tornar-se presidente, preparando-se para isso e sequer aprendeu um segundo idioma ou melhorou o nativo? Quando nós que vivemos a privada, não sobrevivemos sem idiomas, mba´s e que tais? Muita inocência.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Era uma vez


E ainda é. Assim começam as primeiras histórias que ouvimos na infância e assim começam as primeiras histórias que agora contamos para nossas crianças, ou seja, apesar de tudo ser tão novo, moderno, rápido, revolucionário, ainda é assim que tudo começa. Falar de livros, dos que lemos, dos que queremos ler, dos que adoramos, dos que não gostamos. Dos que estão no top ten, daqueles que ninguém tem! Ler A casa das Belas Adormecidas de Yasunari Kawabata e mergulhar em uma história inusitada é como ganhar um bônus da vida!

Sem pedir licença

Adoro algumas coisas que nasceram comigo e não gosto de outras. Mas estão tão entrelaçadas, tão emaranhadas que já não consigo separá-las, identificá-las, fortalecer umas e acabar com outras. Sou uma trama. Não acho a ponta do fio. Quiçá Ariadne zomba de mim em algum canto escuro do meu olho.
Olho de cor indecisa que nunca ousou ser verde senão embaixo de sol escaldante e prejudicial a saúde. Fosse negro teria uma canção de Lenine. Mas não se decidiu, ficou apenas olhando de longe um desfile de cores. Pai azul, mãe verde, primogenita azul, segunda filha verde, que despautério!
Eu deveria me recolher. Nem que conceitualmente fosse para reciclar.
Meus rompantes quebrariam muros, mas eles já caíram há tanto tempo!
Revejo amigos de longa data que concluem que eu apenas sou sem pedir licença. Existe isso?
Eu desconheço as regras.
Não há milagres para mim porque eu não respeito a hierarquia dos santos e falo direto com Deus. Isso irrita os santos e ninguém me atende. Ensinaram-me, mas nem tudo dei conta de aprender.

Ter um blog

Um dia eu haveria de começar um blog.
E pensar que ainda guardo cadernos amarelados e com cheiro de muito tempo com anotações de quando era... bem de quando eu era uma pessoa que escrevia todo dia.
Os retalhos digitais de minha vida tão moderna podem se acumular aqui e de repente, podem sumir se os arquivos se consumirem em algum sistema que nunca conseguirei explicar.
Penso que ter um blog é arquivar e compartilhar palavras que por hora não cabem em mim.