Assim como a vida imita a arte e a arte imita a vida, as lendas urbanas também se retroalimentam.
Tenho uma amiga que vive no Rio de Janeiro há muitos anos, lá trabalha, lá teve seus dois lindos filhos, lá segue a sua vida abençoada em um delicioso apartamento em Botafogo.
Tenho uma amiga que vive no Rio de Janeiro há muitos anos, lá trabalha, lá teve seus dois lindos filhos, lá segue a sua vida abençoada em um delicioso apartamento em Botafogo.
Mas carrega dentro de si o sabor de ter crescido ali pelos lados de São Roque, interior de São Paulo.
Uma vez, em visita a casa materna, trouxe amigos do Rio de Janeiro e entre eles, a caçulinha de um casal, com quase 4 anos, encantada com a viagem.
Beijos, abraços, apresentações, xixi, água, bagagens...
E, de repente, a caçulinha com seu sotaque charmoso de carioquinha da gema pergunta:
- mãe, que lingua eles estão falando, eu tô entendendo tudo?
E o mesmo passou comigo e com minha amiga Mariza, falando qualquer coisa em um ônibus em Recife. Sempre lotados, nós sempre em pé e sendo usadas como apoio pelas mulheres mais baixas (sim, existem mulheres mais baixas que eu!) porque não alcançam naquele cano lá em cima e vamos de tro lo ló, até que uma adolescente entre encabulada e sorridente pergunta:
- de que país vocês são? entendo quase tudo o que tão dizendo...
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