Metodologias proprietárias. Tecnologias. Novas formas de coleta de dados.
Softwares sofisticados para consistência dos dados, análises.
Gráficos coloridos.
Novas tendências. Novas maneiras de entender o consumidor.
Filmagens. Compras guiadas. Cliente oculto.
Questionários online. Coocks para garantir critérios definidos.
Eventos. Congressos em Barcelona, na Cidade do México, em Buenos Aires.
Comitês técnicos.
Revisão do Critério Brasil. Posse de rádio ainda é fator de corte.
Tudo importante. Tudo sério. Conhecimento científico. Doutores.
Produtos foram lançados. Posicionamentos foram revistos. Peças publicitárias foram consagradas ou defenestradas.
E eu, que aprendi tudo isso, vivi também histórias do campo.
Prancheta na mão, tarde ensolarada, versão nova de sabonete ou sabão em pó já não sei.
Bairro da Saúde. Casa com aparecência de classe B ou C, mas não importa, dentro do giro horário do quarteirão.
Senhora japonesa dos seus cinquenta anos. Simpática na medida nipônica que alcançamos.
Disposta a ajudar, a responder. Até que...
- a senhora ou alguém de sua família trabalha ou conhece alguém que trabalhe com pesquisa de mercado?
- não
- a senhora ou alguém de sua família trabalha ou conhece alguém que trabalhe na televisão?
- ah sim, eu conhece Silvio Santos, conhece Hebe, conhece Gugu, eu conhece muita gente da "terevisão"
Isso é entender o consumidor. É manter o sorriso simpático. Fazer mais uma ou duas perguntas e encerrar a entrevista, mesmo sendo perfeita para fechar a cota.
E aí, um meu defeito, desses que não podem aparecer em entrevistas de emprego, me domina...
minha arrogância substima os valiosos trabalhadores desse campo e pergunta:
- quantos entrevistadores teriam, de fato, encerrado nesse momento?
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