segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

História de Ano Novo

Eu quase não gosto do burburinho de final de ano.
Fico com a impressão de que todas as pessoas são mais boazinhas do que eu. Fico com a impressão de que todas as pessoas tem listas lindas de resoluções, não eu. Toda gente consegue organizar as compras de natal e resolver o que vão fazer melhor do que eu. Fico com a impressão de que as pessoas conseguem comprar presentes para todo mundo que gostaria de presentear e eu não.
Daí as pessoas andam alucinadas pelas ruas e pelos shoppings e tenho a impressão de que elas só estão me atrapalhando.
Meu espírito de natal se ausenta, eu não fico comovida com os enfeites das instituições financeiras porque acho que são meus juros que estão pagando aquilo tudo e acho hipócritas as pessoas que mal nos olham nos olhos e de repente, por alguns poucos dias, se comportam como se tudo fosse lindo. Linho e veludo vermelho.
Por tudo isso eu quase não gosto do burburinho de final de ano.
Mas agora passou.
2012 tem muitas coisas que eu gosto e por isso acho que ele vai ser fantástico. Dia a dia, um passo de cada vez.
Não gosto muito de números pares por isso prefiro somar 2 + 1 + 2 e então para mim é um ano ímpar.
Gosto.
É ano bissexto, adoro!
Começou chovendo. Fascinante.
Sempre que chove alguma coisa boa acontece comigo.
Quando chove parece que minha alma se ilumina com um solzinho que ela tem só para ela e por mais triste que pareça um dia chuvoso, normalmente estou mais sorridente. E gosto do sol, mas eu e a chuva temos uma coisa de pele. Dessas coisas que não se explicam.
Eu prometi para mim que escreveria em meu blog em todos os dias úteis.
Já voltei a trabalhar, já cuidei de IPVA, médico e escola das meninas, mas as minhas palavras ainda estavam em férias.
Vão voltando aos poucos. Nem todas de uma vez.
A coreografia ainda está sendo rascunhada. Estava preguiçosa das entrelinhas e resolvi não me pressionar.
Hoje começa meu ano de compromisso comigo mesma. Sem listas de resoluções, sem nada para provar.
Estou chovendo esse texto para bem dizer um ano que será ímpar.
E será se eu souber que além das novas coreografias eu ainda preciso cuidar muito do dois pra lá, dois cá!

Um comentário:

  1. É no dois pra cá e dois pra lá que as coisas vão acontecendo... todas em seu ritmo!!!!

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