Recebeu um
bilhete da professa comentando que um papo seria legal.
Ok.
Olha, eu
percebo que a sua filha fica de olho nas meninas que se arrumam para o ballet.
Não pensa em colocá-la na aula?
Sorriu enquanto pensava: mas que saco, pra isso me chamou aqui? Se eu pensasse em
colocá-la eu colocaria.
A minha filha não dá para o ballet, completou o pensamento, mas quando falou a
conversa foi outra.
Você acha?
Vou perguntar se ela quer fazer uma aula para ver como é.
E assim
ficou combinado.
Ai que desarranjo
com os horários, os trâmites, os “quem pega, quem traz”, mas não podia passar
uma imagem de mãe que não está nem aí.
Dias depois
foi acompanhar a filha na aula experimental.
A vestiu com
roupas possíveis, mas não comprou o “enxoval”.
E lá... Mãe,
mas todo mundo veste rosa? A minha roupa pode ser azul ou amarela?
E quando a aula começou a graça era
apagar com a ponta do pé a marcação a giz que a professora dedicada ia fazendo
para marcar a coreografia.
O cabelo não
dava para um coque porque era curto. Definitivamente não estava interessada.
Terminou a
aula pendurada de ponta cabeça na barra.
Plié, petit jeté, passé, pointe tendu, ficaram ecoando enquanto o caminho seguiu a passos largos e pesados.
Plié, petit jeté, passé, pointe tendu, ficaram ecoando enquanto o caminho seguiu a passos largos e pesados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.