sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sem pedir licença

Adoro algumas coisas que nasceram comigo e não gosto de outras. Mas estão tão entrelaçadas, tão emaranhadas que já não consigo separá-las, identificá-las, fortalecer umas e acabar com outras. Sou uma trama. Não acho a ponta do fio. Quiçá Ariadne zomba de mim em algum canto escuro do meu olho.
Olho de cor indecisa que nunca ousou ser verde senão embaixo de sol escaldante e prejudicial a saúde. Fosse negro teria uma canção de Lenine. Mas não se decidiu, ficou apenas olhando de longe um desfile de cores. Pai azul, mãe verde, primogenita azul, segunda filha verde, que despautério!
Eu deveria me recolher. Nem que conceitualmente fosse para reciclar.
Meus rompantes quebrariam muros, mas eles já caíram há tanto tempo!
Revejo amigos de longa data que concluem que eu apenas sou sem pedir licença. Existe isso?
Eu desconheço as regras.
Não há milagres para mim porque eu não respeito a hierarquia dos santos e falo direto com Deus. Isso irrita os santos e ninguém me atende. Ensinaram-me, mas nem tudo dei conta de aprender.

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