Tenho memória da minha vida desde os 4 anos de idade.
Portanto, há quarenta anos, no dia 28 de abril, que é meu aniversário ouço a mesma história, contada pela minha mãe e complementada por meus irmãos. Por telefone ou pessoalmente.
Nasci em casa.
A poesia de minha mãe narra que no dia 27 choveu muito, mas muito mesmo e que o dia 28 amanheceu lindo, ensolarado, como se Deus tivesse lavado o mundo para me receber!
Meus 3 irmãos foram para a escola e pouco antes do meu pai sair para o trabalho as dores começaram.
Minha mãe tomou um banho, deitou-se em sua cama e meu pai foi, à pé, até a casa da minha avó Amélia Maria. Voltaram juntos e vovó fez o meu parto.
Simples assim. Quando meus irmãos voltavam da escola a vizinha que estudava a tarde os encontrou no caminho e contou a novidade.
Todos saíram correndo e meu irmão, que até então era o caçula, caiu em uma poça, recordação da chuvarada.
A mais velha vinha de uma prova de matemática, da qual nunca soube a nota.
Bem, eu pesei quatro quilos e meio. Não é de se espantar. Depois de me dar um banho e me enrolar em faixas, cueiros, pagão e não sei mais o quê (imagino que a maioria nem tem ideia de que coisas são essas!) minha avó andou uma quadra, atravessou a rua e me pesou na balança do armazém.
É. Na mesma balança em que pessoas na fila aguardavam para pesar batatas, feijão, milho e etceteras.
Não me mediram mas devia ter uns 70 centímetros, a julgar pelo meu 1,63 cm e 50 quilos, não dá pra desmentir a lenda interiorana.
Tudo isso em uma cidadezinha chamada Osvaldo Cruz, que é óbvio, existe até hoje.
Pois fico pensando nos produtos que são lançados para bebê hoje. Que delícia ser moderno, não é? Colheres de silicone para não machucar a gengiva, protetores de tomadas, carrinhos de 3 rodas para mães atléticas, termômetro que mal chega perto da testa apita em segundos para medir a febre e a incontestável praticidade das fraldas descartáveis e suas incríveis variações de cores, formas, tamanhos.
Aí pensei, porque não criamos e testamos uma fralda que apita quando o bebê faz alguma coisinha? Como o apito do peru. Claro que com dispositivo on/off para não atrapalhar o sono.
Algum fabricante interessado em inovação? Eu posso comandar os testes de avaliação de produto com mães, pais e bebês. Aguardo contato!
Luisa
ResponderExcluirBoa Noite!
Usei um dispositivo importado, que vendia no Brasil, pequeno, que colocava-se no interior da fralda de pano com o sensor virado pra cima.
Quando o bebê fazia xixi, fazia um barulho, que não lembro o que é, mas era audível, e eu corria pra trocar a fralda.
Curioso ver esta sua idéia e com a ressalva "para não atrapalhar o sono".
Meu bebê já está com 22 anos e acho que aquilo atrapalhava o sono da minha filha, pois depois de algum tempo ela acordava de madrugada para brincar e tinha dificuldade de dormir cedo e até durante o dia.
Ela hoje tem fibromialgia e às vezes acho que foi resultado daquele barulho durante o sono e que atrapalhou causando algum transtorno.
Você nunca ouviu falar deste dispositivo?