sexta-feira, 29 de julho de 2011

Praticamente

12 anos faz a minha primogênita.
Há doze anos eu nascia como mãe.
Uma pessoa que teria para quem contar histórias.
Uma pessoa que passaria noites sem dormir e alguns dias com termômetros na mão.
Mas nada muito grave além de um dedo de pé quebrado, um tímpano estourado.
Quando era apenas um pacotinho protegido do frio eu pensava: quando vai sentar?
E depois: quando vai andar?
E então as perguntas são retóricas... depois que começou a andar passou a ser: mas será que não pode parar por um minuto?
Depois a ansiedade pelas primeiras palavras. E segundas e terceiras até um momento em que o tom de voz se altera e a pergunta é: mas será que não pode ficar quieta por um segundo??
É um fantástico mundo real-imaginário.
De expectativas e realidade, nem sempre aumentada.
12 anos faz a minha primogênita.
A idade do praticamente.
Dependendo da situação ela me diz: mãe, sou praticamente uma adolescente... ou... mãe, sou praticamente uma criança!!
E eu a amo em ambas as situações, ainda que ela mesma me tenha dito já há alguns anos:
mãe, você sabe que o cordão umbilical já saiu cortado da maternidade, né?
Eu apenas sorri. Se dissesse qualquer coisa entregaria meu nó na garganta.
E esse não desata enquanto olho pra ela!


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