quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mãe não é tudo igual

Mãe não é tudo igual.
Mas, é mais fácil pensar que sim porque em agrupamentos tudo o que é bom sobressai e o que é ruim se dilui.
Mães se sentem com carta de alforria quando vão sozinhas à padaria pela primeira vez depois de parir.
E quando estão muito, mas muito cansadas, pedem pra alguém olhar o bebê um minutinho pra que vá ao banheiro e não quer fazer nada além de sentar e respirar por uns cinco minutos.
A hora do banho é sagrada.
Momento de re-encontrar o espírito.
Todos os olhos ficam voltados para as mães e delas se espera que sejam todas iguais. E perfeitas.
Eu não sou.
Eu perco a paciência.
Eu fico irritada com a lição de matemática.
Eu me canso de pedir sempre as mesmas coisas.
Eu quero ler sossegada.
Eu também quero comer bombom.
Eu quero comer uma pipoca inteira no cinema.
Mãe não é tudo igual.
Cada uma ama um amor único e diferente.
O amor é que é sublime e tenta nivelar quem pariu.
Mãe é igual quando sente culpa por cuidar de menos.
Mãe é igual quando sente vergonha de contar essas coisas que estou contando.
Mãe vem com DNA, digital, cada qual com seu sonho, absolutamente realizado nessas figurinhas.
Que de arte em arte nos transformam e nos melhoram.
Isso sim.
Nisso sim, somos iguais.

3 comentários:

  1. Mãe é mãe, cada uma com sua particularidade... com uma história e uma vida ímpar... que marca e sempre fascina o ser que pariu, ainda que não pareça!!!

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  2. Adorei!!! Você sempre mandando muito bem nos textos e as meninas estão lindas.

    bjs,

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