terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Meus de amar

Caminho sob o sol do meio dia e do outro lado da calçada um pai jovem carrega a sua menina.
Uma menina que se minha mãe visse certamente diria: parece de folhinha! Eu digo que parece uma boneca.
Cabelos loiros, cacheados, bochecha rosada.
E nada mais é preciso do que o sol a pino e uma imagem tão singela para eu me lembrar de tardes mais amenas.
Tardes em que eu telefonava para casa avisando que estava de saída do escritório.
Tardes em que ainda ao longe, na calçada larga da parte bonita da avenida nove de julho eu vislumbrava um pai jovem e sua menina.
Vinham ao meu encontro.
E eram meus.
Não meus de ter, possuir, comprar e vender.
Meus apenas de amar.
Nem foi preciso fotografar esses encontros em tardes amenas. 
Tão vivos em meu coração.
Cenas de amar.
Quando olhamos para o nosso cotidiano enxergamos retratos de nossa história e nossa existência pode ser leve e feliz.
Meus de amar.

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