Ficou com medo das histórias que narrava depois que a Nazaré disse que quando se conta histórias de mortos eles voltam ou, se ainda não foram, não vão nunca mais.
Depois refletiu e ficou achando que a Nazaré tinha é inveja dela que tinha histórias para contar de gente que tinha gostado.
Andou um tempo amuada, contava casos de flores e riachos e até de pedras que tinha visto ou tido na infância e foi deixando os mortos de lado.
Quando esquecia lá vinha uma tia ou tio engraçado mas nunca sentiu o lençol levantar nos pés da cama.
Achou mesmo que era bobagem e decidiu que ia fazer um teste: se a Nazaré morresse antes dela ia contar histórias sobre ela todas as semanas.
As boas e as más.
De qualquer forma, quando rezava à noite sempre pedia vida longa à Nazaré.
Coisas de vizinha!
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