segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pinceladas de uma segunda-feira

Preparar o espírito para o que nos espera, por menor que seja o que nos espera, nos torna grande.
É uma constatação. 
Mais fácil de fazer quando o coração está tranquilo e a data da TPM ainda está restrita ao aplicativo do celular.
Quando a segunda-feira chega sem dó nem piedade.
A chuva que a meteorologia previra só caiu no final da noite e onde eu estava, em conta contas. 
Fui trabalhar de vestido preto, em uma sala em obras. Passei o dia limpando os traços brancos que minha pressa ia deixando na saia rodada.
Saia do vestido. Eu não tenho saias. E adoro saias. Nesse verão hei de ter saias.
Equipe. Gente que vai, gente que veio.
Tudo ao mesmo tempo e agora.
Viver é uma eterna adaptação.
Quando atendo o telefone apesar do número identificado, é uma oferta de não sei o quê.
E quando desconfio do bloqueado, é a voz doce da minha querida amiga.
Uma segunda-feira de peças pregadas.
A festinha de aniversário é à fantasia.
Já não servem mais a de abóbora, a de esqueleto, mas nem que servissem...
A ideia da caçula é ir fantasiada de gato preto, afinal, toda bruxa tem gato preto.
A lógica que vence meu cansaço.
- Porque não tenho camiseta preta?
- Preto não é exatamente cor de criança
- Não concordo, se preto é cor e criança gosta de cor, tem que ter de cor preta
Camiseta comprada. Falta uma pluma preta para ser a cauda.
Uma mensagem no celular chama para almoçar.
Quero ir mas dependo da agenda que depende de...
Variáveis que não controlamos.
Faróis que não controlamos.
Temperatura que não controlamos.
Li mais uma parte do livro. Ler livro como trabalho é uma variável que quero sempre controlar.
Avancei no relatório.
Quando a segunda-fera chega sem dó nem piedade, é melhor ter pensado nela com carinho já no domingo.
Ufa, sobrevivi!

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