terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ser igual, ser diferente

Para ser sempre a mesma eu preciso ser diferente.
E posso ser diferente fazendo pequenas coisas de outro jeito.
Estava chovendo e eu saí de guarda-chuva e sem galochas.
Diferente de quando eu tinha 17 anos, se anoitecia com chuva meu guarda-chuva vermelho me levava até a av. paulista e lá, assistíamos a um filme comendo pipoca.
Hoje meu guarda-chuva prata me levou à Fatto a Mano.
Falei das plásticas das atrizes com a manicure. Nunca falo sobre isso com elas, normalmente fico quieta, aproveitando esses preciosos minutos em que não posso fazer literalmente nada por ter as mãos atadas!
Pintei as unhas com uma cor fosca.
E fui almoçar sozinha. Para ser eu mesma, faço coisas diferentes.
Por isso, comi cuscuz de camarão com uma salada.
Acho que não posso mais dizer que não como camarão, que tem gosto de sabão em pó.
O risoto feito em nossa casa recentemente estava delicioso e eu desfrutei sem reclamar.
Portanto, comi algo que não tenho hábito de comer, pela segunda vez!
Para ser sempre a mesma eu preciso ser diferente.
Chove lá fora.
Tudo se acumula aqui dentro.
Tudo é espera e consideração.
Não comprei flores, mas um brinco de flor.
Para ser diferente eu preciso ser eu mesma mesmo que eu vá me descascando como as cebolas e descobrindo coisas novas.
O fosco das minhas unhas não apaga o brilho dos meus olhos, ainda que fiquem embaçados de vez em quando!

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