Gosto do silêncio das noites frias.
Posso ouvir o vento e os passos das folhas.
Algumas se deixam arrastar por puro prazer.
Outras por puro terror.
Há ainda aquelas que simplesmente se deixam arrastar, cumprindo seu destino de folha.
As folhas dançam uma coreografia única.
As folhas sinalizam começo, meio e fim.
As folhas morrem sem drama.
As folhas secas cantam uma canção única regidas pelo vento.
O vento e as folhas traçam uma relação de amor e ódio que humanos não podem entender.
Gosto do silêncio das noites frias.
Gosto de ouvir o silêncio sendo quebrado pelo arrastar das folhas pelo corredor lateral.
Tudo lá fora, noite fria, escura, mas aqui, dentro de mim, para sempre quintal cheio de sol.
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