terça-feira, 21 de junho de 2011

Gosto de goiaba

Goiaba verde, depois branca ou vermelha, não importa.
Tangerina cheia de caroços.
Jaboticaba espiando no pé. Manga doce e suculenta.
Jaca deixada de lado e jatobá feito brinquedo no caminho da escola.
Cada fruta uma história.
Cada história um pedaço inteiro de uma vida que foi se rabiscando pelo caminho.
Pitanga laranja, ainda não, vermelha, do pé pra boca sem lavar.
Banana que precisa do pai pra retirar o cacho, da mãe pra embalar e acabar de amadurecer, da avó para recomendar: come banana menina, quem sabe não engorda um pouquinho?
E entrelaçado aos momentos dessa infância, as flores já enciumadas de tanto demorar a aparecer.
Margarida, capitão, miosótis, cravo, hortênsia, onze-horas, dália, copo-de-leite e direto da horta para a boca, entre brincadeiras, salsinha e hortelã.
Posso sair do interior, mas o interior nunca há de sair de mim.

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