Gostava de
ser palhaço de circo, mas era pedreiro.
Ela gostava
de ser professora, mas era costureira.
Gostava de
ser cantor, mas era encanador.
Gostava de
ser médica, mas trabalhava no balcão da farmácia.
Gostava de
ser engenheiro, mas era mecânico.
Gostava de
pintar quadros, mas era passadeira.
Gostava de
ser marinheiro, mas era balconista na lanchonete.
Ela gostava
de trabalhar no banco, mas era ascensorista.
E ainda diziam
que logo isso ia acabar, tudo moderno, lá precisa de alguém o dia todo pra
apertar um botão?
Ele gostava
de ser caminhoneiro, mas era pipoqueiro, não sabia ler não senhor.
Gostava de
ser bailarina, mas era babá.
Gostava de
ser locutor de rádio, mas era metalúrgico.
Gostava de
ser advogado, mas era chaveiro.
É, tirando
um e outro com história bonita que aparece na revista e no rádio quem tem fome
de comida não tem tempo de correr atrás de sonho não.
Era isso o
que a mãe do João falava todo dia porque ele queria tocar guitarra na televisão.
Ela falava
que isso também era coisa que ele escutava na música do rádio.
Ah João...
não é cem por cento das coisas que a gente tem que ouvir da mãe não!
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