quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Haku

Notícias ruins nos abalam por um tempo, mas depois você segue em frente. Já a esperança é paralisante.
Eu ouvi isso em um seriado de TV que assisto pela internet e fiquei paralisada pensando no que acabara de ouvir.
Se não fosse esse o momento, o contexto, eu talvez não tivesse prestado atenção.
Acontece que passei quarenta anos sem ter um cão e os últimos sete anos fazendo parte de uma "matilha", porque é assim que nos vêem os cães.
Porque nunca antes eu tivera um cão é uma história para ser contada em algum outro momento.
É que nesse momento, tudo gira em torno da matilha que se desfez. Paralisante.
Em um momento estava lá, dormindo coberto com uma camiseta velha em sua caminha nova, vermelha. E no momento seguinte não estava mais.
Cidade algumas vezes visitada, casa frequentada, mas a euforia de um passeio independente o levou para longe, para não sei onde, para sempre?
E então a esperança é paralisante, apesar de nos fazer agir - cartazes, anúncios, carro de som, procura incessante, comunidades virtuais, promessas - nada nos dá a resposta que tanto queremos ouvir: está aqui!
Quando perdemos um bichinho por morte é uma perda com recordações.
Quando perdemos um bichinho assim, é uma dor com suposições.
Haku, dove sta bambino?

Um comentário:

  1. Oi este cacnhorro da foto e seu? pq a minha cachorra er muito igual,pro favor se vc ler este comenterio entra em contado comigo fernandafffernandinha@hotmail.com este é meu Email podemos conversar? obrigada Fernanda.

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