Elas nos traduzem, as vezes tão cruelmente que podemos chorar no carro, dirigindo e ouvindo uma música.
Brega para alguns, completamente indiferente para outros, importante para tantos outros, tema de tese para algum estudante.
Hoje ganhei café na cama. Um carinho já retratado em alguma canção e depois, quando dirigia ao trabalho, ouvi:
- cuide bem do seu amor, seja quem for...
É, eu sendo cuidada, mesmo sendo como sou.
Depois outro trecho de música invade esse pensamento que me fez rir. Dirigir para mim é quase um estado de meditação.
Eu gosto de ouvir música no rádio, eu gosto de ser surpreendida por músicas que nunca ouvi, por cantores que desconheço, por velhas canções esquecidas, por músicas eternas da MPB, por músicas de novela, por músicas que entraram na lista de alguém que fez uma programação simplesmente porque é o seu trabalho. Será que só isso? Business a parte, o que mais pensava quando decidiu? E por que nessa ordem?
- que os braços sentem, e os olhos vêem, que os lábios sejam, dois rios inteiros, sem direção
Essa não é uma frase que mora em mim, ela mora em uma canção, mas quantas vezes já me peguei escrevendo uma combinação de palavras muito, mas muito parecida com um trecho de uma música qualquer. Porque mora em mim e em algum momento quer escapar.
Música. O que cantar quando há encanto? E quando não há?
E sempre há uma música. Para mim há a música que dancei, a música que analisei na aula de literatura, a música que coreografei, a música que não coreografei até hoje e quando ouço, faço movimentos involuntários, a música que me acalma, a música que me faz rir, a música que me faz pensar além do que eu poderia, completamente seduzida.
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