No corredor um grupo de colegas de trabalho que saem para almoçar esperam pelo elevador.
Os assuntos são os mesmos de sempre: um projeto pelo meio, um fulano que não responde e-mail, uma apresentação para terminar, um número que não bate, um colega que olha feio, muitas reuniões, férias adiadas, produto para lançar.
Prédio inteligente, nem todos os elevadores servem todas as torres, mas são vários e mesmo assim demora.
No meio do burburinho há um ser que não faz parte desse grupo.
Uma mocinha arrumada, pastinha na mão, desconforto.
E de repente, a pergunta que só se faz nos nossos concedidos 5 minutos de bobeira por dia, feita por ela, logo por ela que parecia rezar para ser invisível:
- esse elevador só sobe?
Uns se entreolham, outros buscam a melhor resposta e o mais magrelo de todos cai na gargalhada respondendo com outra pergunta:
- se um elevador só sobe, aonde é que ele vai parar?
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