segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Felipão no trem bala

Hoje o Chelsea anunciou oficialmente a demissão do técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari.
Ainda não li nenhum comentário do Felipão a respeito.
Ser demitido é como ser obrigado a descer do trem ainda em movimento e no meio do trajeto, longe de qualquer estação.
Surpreende, machuca, ficamos meio tontos e olhamos para todos os lados.
Aí decidimos se vamos caminhar até a próxima estação ou a que ficou para trás, independentemente da distância.
Escolhemos normalmente a próxima e seguimos.
Chegamos, cansados mas aliviados, e seguimos outro rumo.
Que delícia descobrir que nossa bagagem é leve e tem muita coisa legal.
E a felicidade, que nem é muito bonito contar, quando descobrimos que não é mais preciso fazer caras e bocas para as fraudes que parecem crescer ao nosso lado sem que ninguém se dê conta?
Imagina ter que escalar um atacante só porque o dirigente tem lá suas preferências?
E o zagueiro? Importado de um país de terceiro mundo que não fala inglês, que não entende bem os sinais, mas que tem um empresário ardiloso e bem relacionado e que decidiu morar em Londres?
Sem contar os laterais. Ah, esses estão com tudo, dão festas animadíssimas, conhecem as inglesinhas certas, todos os cantinhos escondidos, mas aprenderam a lição e só saem em fotos beijando a camisa ou abraçando o companheiro ignorando tudo o que aprenderam sobre olfato.
Esses são a joia da coroa. Quem viver verá.
Existem ainda treinador de goleiro, juiz, gandula, mas essa gente não conta. Não tem glamour.
De repente saberemos o destino do Felipão, ele tem crédito para embarcar no trem bala!

Um comentário:

  1. Amei, adorei! Essa correlação da demissão com o trem foi tudo de bom, Lusia. Continue firme na caneta virtual de daqui há um tempinho vc junta num livro, que tá super na moda...
    Beijos e boa sorte no seu próximo trem.
    Mônica Maia

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