quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Chame Táxi

Chamei. Na rua mesmo. Embarquei no Itaim e fui até a Marques de Itu, no Centro.
Lugar insólito para mim. E pensar que eu traçava aquelas ruas com minhas alpargatas de sola de corda desenhando o trajeto de um teatro a outro.

Voltando ao táxi, fui abduzida pelo rádio da central que ficou ligado e eu nunca peço para que seja desligado, gosto de ouvir.

309 é primo do 1. (?)
Copiei central.
Alameda Santos, 237, alguém mais próximo?
Eu, na Av. Paulista, 10 minutos.
3 minutos?
10 central, eu falei 10 minutos central. (impaciente)
No ponto de encontro de Congonhas é o Fabiano. Fabiano no ponto de encontro de Congonhas, de camisa azul. (será que é um dos fabianos que conheço?)

Imagino o que eu e meu deficit de atenção faríamos com a central.
Guardadas as devidas proporções e a atenção dos motoristas, combinado?

A parturiente chegaria em alta velocidade no Terminal de Embarque de Cumbica.
O executivo chegaria no Santa Joana sem entender o percurso e o porquê.
Alguém esperaria minutos intermináveis por um táxi no Shopping Jardim Sul, enquanto um motorista no Shopping Cidade Jardim praguejando diria: quanto mais rico mais sem respeito!

É. Não é fácil não.
Sempre é preciso calçar o sapato alheio e percorrer calçadas, atravessar correndo a faixa, pular a poça d´água, chutar uma pedra e por aí vai.

2 comentários:

  1. Bela crônica, curti muito...Walcy Carrasco que segure sua coluna! Sim, como você, eu também leio a Veja. E começo sempre pela última página da Vejinha. Bjo :)

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  2. ...e assim como você, gosto de escutar, nunca peço para desligar o rádio da central. Criamos aqui uma uma nova categoria de classificação? Os que pedem para desligar o rádio da central e os que não pedem. Vamos registrar isso antes que o Ibope o faça!

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