Quando morrer. É isso aí. Decidi há muito tempo mas não comuniquei oficialmente.
Eu serei um espírito que cuidará dos animais.
Não é nada romântico. Cuidarei daqueles animais que morrem atropelados nas rodovias e ruas.
Dos cães que ficam à margem nas marginais do dia em que morrem até o dia em que são completamente consumidos pelo tempo. Eles ficam lá, inchados, e... bom, não é um assunto agradável.
Ninguém que trabalha na prefeitura circula pelas marginais? Ninguém vê? Ninguém toma nenhuma providência?
Esse não será o meu trabalho. Eu sussurrarei no ouvido de cães e gatos e aves e cavalos e tatus e cobras que não atravessem, que mudem seu caminho, que esperem, e se eu não tiver sucesso, eu assombrarei os motoristas.
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