quarta-feira, 23 de junho de 2010

Será que vai chover?

Quando me casei ainda cursava a faculdade.
Não porque me casei jovem, mas porque fui mais tarde do que o normal para a faculdade.
Então, não sofremos de imediato a pressão do: quando vem o bebe?
Por parte de nossa família também não.
A minha porque já tinha vários bebês, não havia ansiedade e porque sempre lidamos bem com perguntas e respostas.
A de meu marido, apesar de ser o primeiro neto, porque respeitava nosso espaço, nossas decisões, também nunca nos cobraram.
Mas, chega uma hora, que não dá mais.
Terminada a faculdade, passado um ano, dois, três, ainda vai. Mas nove?
Tem alguma coisa errada e a enchurrada de perguntas é inevitável.
As reações sempre foram das mais cândidas às mais irritadas, por vezes, muitas vezes, chorosas quando já escondida no banheiro ou sozinha em casa.
Quando engravidei foi um alívio para todo mundo.
Mas a coisa não para por aí. Depois do primeiro bebê:
- não vai ter irmãozinho?
Na segunda gravidez, alívio para o irmãozinho e quando nasce outra menina:
- não vai tentar um menino?
E a vida segue. Para algumas pessoas é só um jeito de puxar conversa, quase como será que vai chover?
Mas para outras, pode deixar cicatriz. Todas as perguntas, antes da respostas, merecem uma reflexão.

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