quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Nem sempre poesia

Não quero o ônus de dizer sim
Não quero o medo de dizer não
Entre tantas coisas que são ditas,
As que ficam entre as entrelinhas     
Exasperam de menos
Desesperam de mais
Não quero o medo do dedo em riste
Não quero uma aventura sem limite
Ônus de dizer sim
Bônus de ficar sem saber
O tempo que corre
Escorre pelos dedos magros
Os olhos perdem o brilho
O sorriso perde o encanto
Que medo da vida que vem
Que alívio da história que se constrói
A olhos nus crescem
A olhos nus emudecem os pedidos
De dia das crianças
De Natal, de Páscoa
E que desespero se noite dessas
Eu encontrar a fada do dente
Sentada em um canto com um resto
De presente
Não quero o ônus de dizer sim
Quando o coração diz que não
Não quero o bônus de uma vida inteira
Por uma metade que deixei de cumprir
Há um conta gotas que me conta
Em um canto qualquer
Uma música? ... tira o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor!
Põe o seu carro na minha vaga
Que eu não quero voltar não senhor...

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