A culpa não é da chuva.
A chuva chove o calor que absorveu.
A água leva o que entre ela e seu caminho se estabeleceu.
Eu gosto da chuva.
Eu gosto do barulho da chuva.
Eu gosto do cheiro da chuva.
Ainda mais na mata molhada.
Eu gosto do céu quando se veste de escuro para uma solenidade.
Eventos curtos, antes da entrada triunfal do sol e de seu séquito de esplendor.
A culpa não é da chuva.
E a culpa não é das pessoas.
E quem pode cuidar das pessoas?
Quem pode prestar atenção na observação do especialista que pondera:
sempre analisamos impacto ambiental perguntando: o que a construção trará de impacto? Quando na verdade a primeira pergunta deveria ser: como esse lugar, essa vegetação, esse terreno pode impactar minha construção?
A culpa não é da chuva.
Os anjos estão trabalhando dobrado, improvisando para receber tanta gente sem ser anunciada.
E São Francisco, espero, está a postos para cuidar dos patos e marrecos, dos cães e gatos e dos passarinhos, por quem pouca gente vai se lamentar.
A culpa não é da chuva.
Vamos cancelar o carnaval e respeitar nossa tragédia.
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