segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

No fim dá certo

Não sou delicada com as flores e plantas que cultivo, mas elas entendem a minha boa intenção.
As mãos tateiam, retiram folhas secas, galhos, ajeita terra, às vezes radicaliza e troca uma planta de vaso e elas, elas sim delicadas, agüentam um pouco até que tudo termine. Como as pessoas que vão fazer exame de sangue, uma limpeza dentária agüentam um desconforto momentâneo por uma coisa melhor.
São assim as plantas do meu quintal.
E florescem lindas e vigorosas, cada uma a seu tempo, para meu grande espanto.
Converso com elas coisas à toa, nada de filosofia, apenas vou descrevendo o procedimento para diminuir o estresse.
Tenho violetas que florescem mais de uma vez por ano, há mais de 10 anos.
Tenho uma pitangueira, arbusto frondoso, que nasceu de algumas sementes da fruta saboreada na casa da saudosa Dona Mercedes lá de São José do Rio Preto. Brotou tímida em um vaso no parapeito da janela do apartamento ainda em São Paulo.
Quem te viu e quem te vê! Que ficou assim por minhas mãos é bem difícil de crer!
Não sou delicada, mas a intenção é tão pura que se ajeitam.
Sábado último foi desses dias em que organizando os vasos eu organizo a mente.
Depois de tudo pronto choveu.
Fiquei na varanda olhando o pinheiro liberto de seus ramos secos. O limoeiro em seu vaso novo. Alguns vasos reabastecidos com terra e minhoca.
Dançavam ao vento, recebiam a chuva e olhavam para mim agradecidos por já ter passado o pior momento.
Eu deveria saber ser assim com outras coisas, mas uma coisa de cada vez!

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