Isso porque muitas vezes eram três ou quatro para confirmar que estavam mesmos grávidas as mulheres.
E, por isso, muitas vezes os nomes só eram escolhidos após o nascimento do pimpolho.
Hoje em poucas semanas se sabe tudo. Se é menino, menina, que cor de quarto vai ter, que quantidade absurda de roupas compradas em Miami para todas as estações praticamente até os dois primeiros anos.
E Miami não vai sair do lugar, até onde sei das previsões de alterações naturais.
Sou do tempo em que esperávamos uma ligação e se não estivéssemos em casa a esperança era de que o pai não atendesse o telefone, caso fosse um namoradinho novo.
Os telefones tinham disco, gancho, local de destaque na casa e bloquinho e caneta para os recados.
Era uma unidade familiar.
Bem depois as secretárias eletrônicas foram uma revolução, uma inovação!
E hoje, os telefones são unitários, cada um tem o seu e ele até faz chamadas, mas o que mais importa é que ele faz muitas outras coisas, uma lista enorme, que nem vale a pena mencionar.
Sou do tempo em que se esperava receber cartas com notícias da família. Cartões postais dos viajantes.
Não se esperava receber um telegrama, na maioria das vezes eles traziam más notícias.
Hoje o correio eletrônico circula poderoso e no fundo assustado com os programinhas de comunicação instantânea, as redes sociais e que tais.
Sou do tempo em que esperávamos muito para ver as fotos feitas em um passeio ou um momento especial.
Esperar o filme acabar e parecia uma eternidade... 12 fotos, 24 fotos. Depois levar para revelar, esperar alguns dias e finalmente desfrutar o prazer de ver as imagens. Nem todas boas... diga-se de passagem.
Hoje é tudo digital e instantâneo e as fotos ficam melhores e as muito ruins são deletadas.
É, sou do tempo em que deletar não era um verbo, por isso não deleto minhas memórias, eu as armazeno de um outro jeito e compartilho e por isso vale um like, não vale?
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