Quis o infortúnio - acredito piamente na inocência do destino - que no dia 26 de julho de 2011 Haku nos deixasse.
Infortúnio: s.m. Fortuna adversa, desgraça, infelicidade: viver no infortúnio. Fato, acontecimento funesto.
Haku: cão da raça whippet, predominantemente branco, tigrado, 7 anos completados em 22 de janeiro de 2011.
Pois quis o infortúnio que saísse pelo portão da casa onde era visita, na cidade em que visitava vez ou outra e que nada do que foi feito resultasse em sua volta.
Nem as caminhadas, nem os folhetos, nem os anúncios, nem a internet e seus asseclas. Nada, somente pistas falsas.
O infortúnio é inimigo do destino.
Destino: s.m. A fatalidade a que estariam sujeitas todas as pessoas e todas as coisas do mundo; fado; fortuna: ninguém é senhor do seu destino.
O infortúnio faz acontecer de maneira tal que toda a culpa caia sobre o destino.
Mas eu acredito piamente na inocência do destino.
Já acreditei também que Haku pudesse voltar.
Lembro do seu olhar, dos seus pulos na hora de passear, do jeito de balançar a cabeça me pedindo pipoca.
A guia vermelha, a guia verde, ficaram penduradas como os enforcados das histórias que decorei para as provas escolares, sem vida.
Quis o destino que o infortúnio levasse o primeiro cão que tive, eu que cresci sem eles, aprendi muito depressa que, sem eles, a vida tem menos graça.
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