terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

As Anas que conheço

Anas que conheci.
Conheci Ana bebê, que depois cresceu longe de mim, mas sempre foi Ana no meu coração.
Ana minha melhor amiga, Ana da minha adolescência, com quem eu confidenciava os primeiros segredos do coração. Com quem fazia lição. Ana com flor no nome e na suavidade com que encarava a vida.
Ana que revi anos depois, correndo no parque. Ana igual.
Ana exuberante. Ana falante do meu MBA. Ana mais meiga do que o olhar de fera tenta apresentar. Anas de ontem, Anas de pouco tempo, Anas recentes.
Ana que agora me ignora, que não responde meus e-mails, que deixa comentários sem resposta.
Ana que gostava de mim quando eu era pouco mais que um cargo que a ajudava enriquecer.
De todas as Anas, dessa tenho compaixão, pobre espírito em longo caminho de peregrinação. Como nas canções, gosto dela, mas ela não gosta de mim.
Ana de gestos delicados, de um francês requintado, mas de dança tão brasileira. Ana tão nobre.
Ana que de terra em terra revi em Nova Iorque. Sorriso largo!
Ana da busca pela felicidade. Ana do olhar enviesado e da boca que se retorce, que pode gritar, já descobri, mas que fala alto quando sussura ou quando escreve suas singelices.
Ana tia, de gatos mimados e entre todos o mais felino Guerino.
Ana que de apelido que assusta engana quem acredita que por ela não pode se apaixonar.
Anas que conheço, Anas que conheci, Anas que carregam Maria, Paula, Beatriz.
Ana pequena, aquela que quebrou a perna bem na festa de aniversário e que agora me deixa mensagens pela internet.
Ana que se importa, Ana que sobrevive, Ana que passa, Ana que me convida a refletir.
Ninguém é tão infeliz que não conheça uma Ana que seja importante em sua vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.