segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Números em prosa

Enquanto trafego vejo números: placas de carro, limites de velocidade, números de ônibus e frotas de caminhão. Enquanto ouço rádio, preciso transformar os números em palavras, em histórias, é assim que consigo conviver bem com eles.
Os estágios da vida para mim são assim divididos: de 0 a 7 anos, primeira infância, de 8 a 14, segunda infância, uma área nebulosa que começa no meio dos 14 e vai até os 17 e a partir de então, de 10 em 10 anos são fases da juventude.
Já passei pela primeira juventude, já passei pela segunda e estou na terceira.
Também simpatizo mais com os números ímpares. Toda a minha data de nascimento é par, mas se somo todos os números encontro um magnífico número 7.

O senhor que lia confortavelmente o seu jornal enquanto seu motorista enfrentava a marginal e os motoboys carregava a tradução de sua placa EEU 2218. Ia tão pensativo que se pusséssemos uma interrogação... E eu? Aos 22, 18 anos... Não imaginava tornar-me um executivo.
Enquanto era ultrapassado por um DNA 2006 - provar que é pai, que não é pai, que ano foi esse?
De vez em quando as pessoas se espantam quando alguém pergunta a placa do meu carro e antes de qualquer letra ou número eu preciso pensar alto: hábito inglês. E essas duas palavras abrem meus arquivos mentais e a terrível combinação aparência límpida, clara, fácil: CHA 0217.
O que é isso? Hábito inglês, chá para 2 as 17h00, nada mais romântico e atemporal.

Voltando ao rádio, vamos às notícias da 7a. rodada do campeonato paulista. Preciso prestar atenção na tabela, mais números que terei que converter em palavras. E por fim essas palavras que se transformaram em um número: post de número 251!

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