O coração disparou. Queria. Claro que queria.
Fez que sim com a cabeça, deu um meio sorriso e tentou disfarçar que aquilo era tudo o que ela queria naquele momento.
Ele a segurou pelo ombro e a conduziu mais para o meio do salão.
Um frio na barriga. Não saberia dizer que música estava tocando porque já se imaginava dizendo um sim delicado para um pedido de namoro.
E depois, passeios, beijos delicados em tardes escondidas. Sorvetes coloridos em sábados ensolarados. Filmes, quaisquer filmes em noites de inverno.
O cheiro, a respiração pausada, a cabeça pousada no peito. Os pés leves, a impressão de que não havia ninguém mais por ali.
Um aconchego. Um medo de que a música acabasse rápido demais, um abraço um pouquinho mais forte e ele:
- Clara, você sabe se a Isabel está ficando com alguém? Se ela tem algum namorado na escola?
- Por quê?
- Eu sou alucinado por ela, não sei mais o que fazer, pensei que... você sendo tão amiga dela podia me ajudar
As pernas tremeram, não soube bem o que dizer, uma música insuportável que não acabava mais...
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