- Oi Zé
- Bão?
- Bão
- Marivaldo, me dá uma branquinha dessa igual do Venâncio- Oh Zé, cê viu que já tá morando gente naquela casa da esquina, sua vizinha?
- Gente não Venâncio, uma baita d´uma muié bunita! Nossa...
- É, eu vi, e é disquitada, num tem marido não
- É?!? Disso num tava sabendo não, mioro hein??
- Ela num tem marido mas ocê tem muié, cuidado!
- Eita, num tô nem pensando em nada, ela tem uns menino
- É, morava em São Paulo, o marido compro essa casa pra ela ficá c´os moleque, acha que é mais tranquilo, cidade mais pacata
- Compro? Eu pensava que era alugada
- Não, compro, o Dirceu lá da padaria que falo
- Uia, então eu vo lá vê se ela não qué uma reforma, qualquer coisa
- Zé...
- Mas eu sou pedrero ué!
- Eu sei, mas cuidado
- Escuta, mas de quem que era aquela casa?
- De uma tal de dona Eugenia que mora lá no centro, viúva de um juiz eu acho
- Agora tá endinherada, será que num precisa de uma reforma na casa que ela mora não?
- Sei lá, eu nem sei onde mora essa tal
- Ô Marivaldo, me vê mais uma branquinha aí que eu tô atrasado
- Atrasado?
- Venâncio ocê nem sabe, se eu chego em casa e a Neuza já tá com o pano de prato no ombro... rapaiz, o bicho pega. Ela qué que eu janto cedo pra ela lava os prato e assisti a novela sossegada, tchau
- Tchau Zé
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