- Hum, precisa estudar então, é bom fazer uns exercícios extras não é?
- É, mas é tão chato, daqui a pouco eu vou
- Daqui a pouco não, começa agora, é muita coisa
O tempo passa.
Estuda, faz alguns exercícios entre uns pulos na cama elástica e outros, volta, olha o caderno, olha uma coisa no computador, toma água, vai, volta, vem contar alguma coisa e os números lá, torturando as páginas do caderno.
No dia da prova chego do trabalho, pergunto como foi a prova e...
- a prova foi bem, mas olha não é disso que eu quero falar, eu quero te mostrar a redação que eu fiz e é para amanhã, olha, são seis páginas, mas aqui eu desenhei o personagem principal e seu assistente, aqui é um descritivo dos personagens e depois é que começa a história
Supervisionada pela autora li as seis páginas escritas a lápis em letra de forma, pequenas consoantes e vogais desenhando uma história cheia de aventuras e surpresas.
Mais uma prova do cotidiano de que quando fazemos as coisas com paixão não nos cansamos, não inventamos subterfúgios, não nos escondemos e gostamos de apresentar nossa obra ao mundo.
Isso se ensina e se aprende cuidando do cotidiano, esse senhor generoso, mas que sabe pregar peças como ninguém!
O que dizer de milhares de pessoas que fazem exatamente o que não gostam? Se pudéssemos abrir mão de nossos ganhos financeiros, para fazer o que gostamos, haveriam menos consultórios de terapia, hospitais mais vazios, e pessoas mais felizes e realizadas. Mais outra menina linda... e feliz.
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