Sempre gostei de diários.
Mas eles são doloridos.
Algumas vezes porque nos lembramos de tudo outra vez.
Outras vezes porque não nos lembramos daqueles nomes, daquelas cenas.
Bobagens.
Hoje em dia muita gente tem diário.
Não porque mais pessoas se encantaram com o exercício solitário de escrever e de se perscrutar.
Não, não por isso, simplesmente porque foram criadas ferramentas digitais, facebook, twitter.
Diferentemente do diário que guardávamos a sete chaves, esses diários modernos se alimentam de audiência e nossa vida é exposta como se estivesse em uma vitrine.
Mudanças de humor.
Viagens.
Troca de emprego.
Troca de namorado.
Festas. Shows.
Tudo para todo mundo. Devidamente documentado com foto.
Não é uma análise pessimista, longe disso.
Eu revisito meu estado de espírito nos espaços que preencho logo após o “no que você está pensando agora”?
3 de Julho de 2009 às 15:56
Lusia Nicolino nem tudo o que tem reflexo tem nexo
30 de Julho de 2009 às 17:37
Lusia Nicolino quem ama o feio... tem mais opções
13 de Novembro de 2009 às 19:28
Lusia Nicolino pai nosso que estais no céu (que vidão, hein?!) livrai-me dos imbecis, hoje e para sempre!
Fui buscar lá longe... O futuro me espera, mas não consigo abandonar o passado feito um sapato velho.
Há quem diga que diário saiu de moda. Que nada! Só mudou o jeito de escrever. Antes lápis, caneta... papel. Agora, teclado, touch screen... internet. Contudo, os desejos são os mesmos. Revelar um pouco de nós mesmos. E saber um pouco dos outros. Ai de mim, que só tive um diário e quase não uso facebook e afins. Às vezes, é melhor deixar a Caixa de Pandora fechada. Porém, admiro a habilidade de quem tem diário e participa ativamente de comunidades.
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