sexta-feira, 4 de março de 2011

Quietude

Quando está tudo muito quieto é que tenho medo.
Ontem tive um cansaço que não previ.
Um cansaço que tirou a agilidade dos dedos para procurar palavras que estão nos teclados, nos lápis, nas tintas das canetas, mas que não se entregam a mim.
E por isso, não escrevi.
Tenho medo de mim quando não escrevo.
Perco o norte.
Nosso norte tem sol.
Perco o chão.
Nosso chão tem flor.
Quando está tudo muito quieto é que tenho medo.
Por que não paro nunca.
Quando paro não sei o que fazer.
Quando o silêncio me cobra quietude, tenho medo.
Cai uma chuva fina.
Malas prontas.
Fantasias ansiosas.
São dias de paz, dias a mais
Dias que não deixaremos
Para trás, como diz a música do Jota Quest
Será?

Um comentário:

  1. Há tempo para todas as coisas. Inclusive para a quietude do silêncio. Ainda que temeroso.

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