Quis o seu humor desgovernado que acabasse sozinha.
O que não foi surpresa para ninguém. Porque ninguém esperou para ver.
Os amigos de agora não são os amigos de outrora.
Ninguém lê em seus olhos frios a impaciência com os tolos.
Isso ficou para trás, entre aqueles que iam aos bailes, que admiravam o oblíquo do olhar quando se preparava para desmoronar alguém.
Arrematar a conversa com uma conclusão desconcertada que desconcentra e desarticula o grupo já não faz parte do seu dia a dia.
O movimento de cabeça sim.
A dança das mãos e os lábios nervosos também.
Mas quem diria. No grupo de hoje ninguém arriscaria afirmar.
Doce não é, mas recolhe as palavras que antes não conseguia com prazer.
O que faz com elas ninguém sabe dizer porque é assim sozinha, sem intimidades.
Quando recebe alguém para um chá pode falar de tudo menos desse descompasso entre o que é e o que parece ser.
Alguns olham fixamente para o espelho da sala, de um vermelho ousado, mas ela, ela finge não ver!
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