Mas no primeiro momento era óbvio para mim que morávamos dentro da bola que era o globo terrestre.
O chão era o chão e em algum lugar se arredondava como uma pista de skate e o céu era o céu, o teto, a cobertura da bola.
Se abríssemos um buraco não iríamos parar no Japão, mas sim teríamos um buraco por onde a água dos rios e oceanos poderiam vazar.
Meus irmãos, adolescentes, sabidos, riam da minha teoria.
Sempre acreditei que andamos em círculo.
Sempre acreditei que voltamos ao primeiro lugar depois de correr muito.
Sempre acreditei que pudesse mudar e responder calmamente qualquer pergunta.
Mas nem sempre posso. Exaspero-me com os círculos que formam pares e se juntam e se separam e giram como em um caleidoscópio que não criei.
Sempre acreditei que estava protegida em meu mundo, mas ele está cheio de buracos por onde me escapam essencialidades!
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