E o que posso dizer não tenho vontade.
Assim aprendo a silenciar.
Foram necessários tantos anos para isso, mas valeu a pena.
Fico. Observo.
Estou do lado de cá. Mas concordo com o lado de lá.
Entendo os olhares, entendo as entrelinhas.
Não quero defender o que está em minhas mãos.
Porque não acredito, porque não é verdade, mas é o que tenho.
Então apenas seguro.
Não admiro.
Não deixo cair nem machuco. Mas não posso acariciar.
Posso ver partir sem deixar cair uma lágrima.
Tenho vontade de concordar. Mas não de criar um problema maior do que o que já está estabelecido.
Então apenas mantenho olhos atentos.
O almoço que não tive.
O lanche que pareceu pouco.
A sobremesa que trouxe um alento.
Não quero estar aqui. Quero estar lá.
Mas não posso atravessar a ponte. Nem a passarela.
A passarela mais esquisita que já atravessei até hoje fica em Caracas.
Levou-me do Hotel a um Centro de Convenções onde ouvi Hugo Chaves fazer o menor discurso de sua vida.
Depois de danças locais o sorteio da Copa América.
Era uma quarta-feira, dia de San Valentín, um fevereiro de 2007 e eu queria estar lá, apesar de tudo.
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