Tive filha única por três anos e dois meses, sendo que em nove deles eu já carregava alguém.
Portanto, estava tão atarefada com esse movimento novo da minha vida que não fui prestando muita atenção nas soluções que fui encontrando.
Mas...
Sempre cantei para que dormissem e no meu colo.
Músicas que eu mesma inventava. Ou uma que decorava de algum CD infantil. O repertório não precisa ser grande porque eles gostam da repetição.
Colo não deixa ninguém mal acostumado.
Se estou em casa, de licença para cuidar do bebê, porque vou recusar meu colo, meu carinho?
Ninava e ninava muito e depois, colocava no berço, apagava a luz, fechava a porta e só voltava daí a três horas para amamentar.
Nunca dormiram comigo. Nunca chegaram arrastando ursinho ou travesseiro para se aboletar na minha cama.
Só nos finais de semana, com todo mundo acordado, para farrear.
E cresceram bem, sem nenhum trauma.
Quando demoravam a dormir, mais fácil eu me acomodar (mal) na poltrona do quarto delas do que levá-las comigo.
Nunca dei beijo na boca das minhas meninas, tampouco o papai.
E sim, dei palmadas no bumbum.
Agora que estão crescidas, os truques são outros. Se restou um só bolinho e vão dividir a regra é: uma corta e a outra escolhe. Ahah, assim, se aquela que corta tenta ficar com o pedaço maior não terá chances.
As perguntas inevitáveis: gosta mais de mim ou dela? Quem é mais bonita? Quem é mais inteligente? São seguidas de repostas que destacam o diferente e o melhor entre elas.
Porque afinal de contas, eu tenho uma única primogênita e uma única caçula.
Se tivesse um do meio, teria que pensar em algo.
Sugestões?
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