Fevereiro é um mês que não termina.
Fica no meio do caminho, como quem não quer avançar porque tem medo.
É um mês tímido.
Toda gente espera por janeiro, primeiro mês do ano.
Todas as esperanças renovadas.
Todas as promessas a serem postas em prática.
Muita gente aproveitando as férias de verão, aqui no nosso hemisfério.
Mas mesmo nos outros.
Ninguém tira a primazia de janeiro.
Mês forte, com todos os dias, como se fosse o melhor cavalo do leilão, com todos os dentes na boca, escancarados de alegria.
Fevereiro não.
Fevereiro tenta terminar a cada quatro anos e mesmo assim fica faltando.
Em muitos anos se salva pela festa do carnaval. Festa pagã, mas festa. No nosso hemisfério, no umbigo do nosso hemisfério.
Esse ano nem isso.
Ficou apenas com o ônus da volta às aulas e entregou a festa para o mês de março com melancolia.
Fevereiro chora todos os dias.
Tentei cantar Geraldo Azevedo para animar fevereiro, mas nem a letra eu sei, o primeiro verso também não termina para mim.
Tchau fevereiro, a vida é mesmo assim, rasa para muitos.
Quando Fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua
No ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri a gente chora
a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Faz mais
Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois
...
Saudade já não mata a gente
A chama continua
No ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri a gente chora
a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Faz mais
Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois
...
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