No feriado decidimos viajar. Fomos visitar a vovó do macarrão no reino tão tão distante.
No caminho, games, ponto para quem encontrar carro vermelho e lá se vão mais de 500 km!
No cantinho da cozinha, vovó das meninas, minha mãe bonita como nunca serei com a idade que já tem, distribui dinheiro para as netinhas comprarem uma coisinha! Coisa de vó. E me dá um dinheiro enroladinho, como se eu também ainda fosse a sua criança, mas com a desculpa de que tinha sido meu aniversário!
Relutante aceito porque isso sim é um gesto que a faz feliz. Recusar seria duplamente triste.
Fico com o dinheiro enroladinho pensando que tenho que comprar realmente alguma coisa especial.
Caminho de volta, cachorro ajeitado, malas sobrepostas, muxoxos da caçula, conferência de detalhes... Partimos.
Nossa parada preferida, onde comemos e descomemos fica no KM 198 da Castelo Branco, perto de Botucatu e se chama A Camponesa. Além do famoso Filé à Parmegiana de Itu, encontra-se utensílios para decoração, garimpados diretamente dos talentosos artesãos mineiros. E foi ali, nesse garimpo, que eu a encontrei.
Nos olhamos e sabíamos que deveríamos compartilhar nossas vidas.
O dinheirinho de minha mãe apertado em minha mão era exatamente seu valor com um troco de cinquenta centavos! Estava escrito! Não questionei, não duvidei.
Rapidamente nos pusemos a escolher um nome e nossa primogenita sugeriu: Dona Dalva.
Pois Dona Dalva agora divide comigo meu espaço de trabalho.
Ao chegar, na 2feira, causou furor. Muitos vieram conhecê-la, saber seu nome, suas origens, apertar como se aperta a bochecha de um bebe!
E ela super simpática tudo suportou.
Ela cumpre seu papel à risca: enfeita meu balcão quase sem graça, é agregadora na medida em que me ajuda a fazer mais amigos, passei o meu perfume nela, assim ela deixa o ambiente com meu cheiro, mesmo quando eu mesma esqueço de me perfumar, ela me distrai quando tenho que pensar em nada para resolver tudo ao mesmo tempo.
Ela é o carinho da minha mãe com seus olhos verdes eternamente pousados em mim mesmo que tão longe e mais que tudo, ela não me deixa esquecer que no fundo no fundo eu não passo de uma caipira metida a cosmopolita.
Dona Dalva se deixou fotografar, apesar de tímida, e ilustra esse post.
Acabei de ver a Dona Dalva! Enquanto lia o post, espichei os olhos. Linda!
ResponderExcluirDa uma Dona Dalva pra mim quando eu tiver uma casa??? Preciso dela pra cuidar do terrero :-) Amei ela.
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