Gosta de pipoca, de milho cozido, das músicas.
Gosta do colorido das bandeiras e gosta das moças bonitas.
Disfarçadas em falsas sardas desenhadas a lápis. Gosta das tranças falsas aplicadas nos chapéus de palha.
Gosta dos vestidos de chita e ainda mais dos calçolões usados por baixo.
As meias escondendo as pernas do frio, mas os olhos das moças são tão radiantes que não é preciso ver mais nada.
Gosta do quentão, da batata doce, da pescaria, do pau de sebo.
Gostava da paçoca mas empapa na língua e já não acha graça em comer.
Olha os moços. Bigodes de lápis, chapéus sempre desajeitados.
Olhar ressabiado buscando em um ou outro o moço que já fora.
Lembrando cada São João de sua juventude, só o que espera agora o Eustáquio é pelas festas juninas.
Taquinho, como é conhecido no bairro, carrega no crucifixo de ouro que leva no peito a ilusão de que enquanto as festas juninas existirem, ele estará lá para acompanhar.
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