terça-feira, 25 de agosto de 2009

Assim nasce a simpatia, o bairrismo

Futebol não é um assunto para todos, mas deveria ser.
Nas entrenhas, nas entrelinhas do futebol podemos entender como nascem as simpatias, as antipatias, o bairrismo.
Quando éramos sete em minha casa, a bola da vez, em determinado momento era minha mãe. Ainda que naquela época essa expressão não existisse.
Ela gostava do Santa Cruz de Recife. Só pelo nome, Santa Cruz, talvez por seu lado católico.
Quando lá morei, eu ia sempre ver os jogos do Sport Club do Recife porque alguns amigos eram torcedores e sócios do clube. Assim, chegávamos cedo para um longo almoço e a siesta era um bom jogo.
Gosto do Santos, por exemplo, não consigo antipatizar, apesar de torcer fervorosamente para o meu clube nos clássicos. Mas conheço a Vila. Conheço o acervo do clube com todo o material do Pelé e, claro, conheço a lojinha!
Simpatizo com Paulista de Jundiai, que ganhou a Copa do Brasil de Futebol de 2005 do Fluminense, porque moro lá e por que sou bairrista? Hum... começou. Mas admiro o Fluminense, porque tenho amigos fluminenses mais roxos que aqueles que torcem pro... Como é mesmo o nome daqueles que se vestem de preto e branco?!? Não os da Vila, os outros. É... Fácil fazer material gráfico pra eles, nem tem número de pantone.
E agora, mais bairrista do que nunca, consegui simpatizar com o Internacional pela intrigante versão da origem do time.
Dizem que uns paulistas foram para o sul e não podiam jogar no Gremio, que era um time de alemães, super tradicionais.
Pois bem, os paulistas criaram um time pra eles e ainda chamaram de Internacional para deixar bem claro que ali podiam jogar caras de qualquer nacionalidade.
Não é bairrista? Não é simpático?
Futebol é isso. Confusão nas quatro linhas, na pequena área e até nas entrelinhas.

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