terça-feira, 22 de setembro de 2009

Com carro sem carro, com Gordine sem Gordine

Dia de deixar o carro em casa. Se eu deixar também tenho que ficar porque não tenho como chegar no trabalho.
Até tenho, não sejamos ortodoxos. Mas vejamos, teria que tomar um ônibus e ir até um ponto de uma avenida e esperar por outro ônibus para chegar até São Paulo.
Andaria muitos, mas muitos metros mesmo (táxi não vale, é carro) até encontrar uma estação de trem e voilà chegaria ao escritório. Umas quatro ou cinco horas depois de ter pego o primeiro ônibus.
Poderia vir de bicicleta ou a pé, mas se considerarmos que estou a 66 km é melhor rever as opções.
E com a chuva de hoje podemos dizer que é realmente o dia sem carro, mas o dia do barco.
Quando eu era criança dizia a meu pai que quando crescesse teria um Gordine.
Por mais que ele me explicasse que os modelos mudam, que os carros tem lançamentos anuais, com novidades, com avanços tecnológicos, e etc, etc, eu não acreditava nele.
Eu pensava apenas que ele não queria que eu tivesse um Gordine porque tinha medo de que eu dirigisse mal e sofresse um acidente.
Quando ele terminava eu dizia, então um Decave!
Às vezes ele desistia, às vezes recomeçava paciente.
Eu não tenho um Gordine nem um Decave. Eles ainda existem. Meu pai também não está mais por aqui para revermos o nosso diálogo sobre carros.
E todo mundo já está fazendo contas pensando mas quantos anos essa pessoa tem? Que carros são esses?
Melhor parar por aqui e viva o dia sem carro, numa cidade como São Paulo soa como piada.

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