terça-feira, 8 de setembro de 2009

Como ensinar aquilo que não aprendemos?

Final de semana chuvoso, além do cinema, da pizza, nada melhor do que limpar armários, tirar o pó das lembranças.
Nem nos meus sonhos mais dourados da infância eu poderia supor que uma criança poderia ter tanto brinquedo quantos os que vou descobrindo na minha casa.
Tudo bem que são duas crianças, mas na minha casa fomos cinco e nem com os herdados se juntou tanta coisa.
Brinquedos de meninos para a categoria dos que ainda distinguem brinquedo por sexo. Espantoso. Como diria Helga G. Pataki para Arnold, de Hey! Arnold (se não conhece a grade da Nickelodeon talvez não tenha mais tempo, já estão nos hits do passado...)
- é, eu sou uma pessoa bem espantosa, cabeça de bigorna!

Pois bem, brinquedos de meninos. Pistas de carrinhos com um dinossauro que ataca se não passar no momento exato. Há instruções do fabricante de como montar, desmontar e como guardar embaixo da cama, imagina o tamanho. Quantas vezes o dinossauro atacou? Talvez uma, duas vezes.
Uma coleção de Barbies. Normalmente reclamam de que acabam descabeladas, maquiadas, sem sapatos. As que encontro em minha casa poderiam voltar para as prateleiras não fosse o fato de estarem fora das caixas.
É, não tenho bonecas que gostam de bonecas. Gostam de aventuras narradas pelos mais de cem dinossauros que disputam espaço com bichos selvagens em uma convivência quase pacífica.
E a paixão pelo cinema em crianças multimídias que descobrem o filme novo na revista Recreio, sabem quando entrará em cartaz, se será em 3D ou não, querem o DVD e já sabem a janela em que serão lançados, 6 meses, 3 meses, mais barato, edição especial, e, como não poderia deixar de ser, o set de personagens. Começando com Toy Story, passando por Rei Leão, Os Incríveis, Ratatouille, Bob Esponja, A Era do Gelo (ai meu deus, pelúcias enormes!)... E por falar em pelúcias, separar algumas para doação porque o dia das crianças está chegando.
E como ensinar o que não aprendemos?
Também eu olho para elas e me lembro dos momentos em que chegaram.
Os nomes que receberam. As manhas que acalmaram. O medo que confortaram.
Nessa leva adeus ao coelho Rataplan, a mais um par de Julia e Wayne, a coelha Fofona, os ursinhos Ted, vindos direto dos EUA, usados no video viral para lançamento do Kazivu, alguns cachorrinhos e, uma vez mais, a Canguru e seu filhote salvos no último minuto.
É preciso deixar as coisas irem e ficar com o que significam, com o que significaram, mas, definitivamente, não é uma tarefa fácil!

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