Os novembros vão e vêm.
Uma de minhas amigas de adolescência, a Fátima, faz aniversário no dia 24.
Eu não a vejo há muitos novembros e tenho muita saudade.
Alguns novembros são de alegria, outros nem tanto.
Eu tenho pena dos meses de novembro.
Eles vivem entre a alegria do outubro, mês do dia de Nossa Senhora da Aparecida para os católicos, do dia das crianças, do dia dos professores e a euforia do mês de dezembro que dispensa apresentações: festas, presentes, alegria e esperança.
Os meses de novembro carregam o ônus da tristeza pelo dia dos mortos - aqui no Brasil - e de tempos em tempos pela dureza das eleições.
Vozes ásperas.
Os novembros vêm e vão. Como os cavalinhos do carrossel que não tem outra opção a não ser resignarem-se aos seus destinos certos, circulares.
Novembro tem trinta dias. Ele pensava ser mais feliz.
Em novembro aconteceu o episódio conhecido por Massacre de Jonestown, induzido por “Jim” Jones.
Em novembro morreu Zumbi dos Palmares, aos 40 anos.
Em novembro a cadela Laika entrou em órbita, lançada junto com o satélite Sputnik 2.
Laika não era seu nome e sim sua raça, ela se chamava Kudryavca e morreu horas após o lançamento devido ao estresse e ao superaquecimento do corpo.
Triste, muito triste.
É certo que coisas muito alegres acontecem, e dias interessantes, dia do designer, dia do músico, mas sempre entre coisas sofridas.
Os novembros vão e vêm e assim como as águas do mar eu respeito temerosa e o atravesso em equilíbrio.
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