São Paulo amanheceu com chuva.
Cinza sem contornos que deixa tudo sem relevo, ausência completa da sensação 3D. A Marginal Pinheiros é feia. Os carros em velocidade quase zero, primeira, segunda me deixam perceber o celta da nova skin, a kombi da granero. O vectra de Serra Negra leva no banco traseiro um menino tão bonito! Uns 5, 6 anos. Nariz empinado que tantos querem copiar em salas brancas de mesas assustadoras.
Mas a minha descoberta está no céu.
Nos postes que tiram a harmonia do Projeto Pomar, encarcerado por blocos de concreto.
Lá no alto, poste sim, poste não, estão os urubus.
Os urubus são feios. São feios mas são elegantes e hoje exibiram-se para mim em uma coreografia que eu poderia ter preparado.
No alto do poste, asas abertas, bico recurvo, encarando a lentidão abaixo.
Vôos coordenados. Pouso suave. Um bater de asas em camara lenta e em sequência, poste sim, poste não um a um e de repente um agrupamento de 3.
Enquanto conduzi meu carro dançaram para alegrar a minha manhã de compromisso perdido, rapidamente reagendado pelo celular.
Dançaram para me dizer que só é feio o que lhe parece feio. Eles estavam especialmente lindos, hoje, no meio da semana!
Oi Lu! Saudade e vc..quando vem aqui almoçar comigo? Bjos
ResponderExcluirComo diz a frase: Quem ama o feio, bonito lhe parace. Depende do olhar, do dia e da sua forma de ver as coisas né não?
ResponderExcluirUn besito amiga
Um conterraneo meu escreveu:
ResponderExcluirA esperança é um urubu vestido de verde"
(Mario Quintana)
bjs,
Ucha
Ucha, sou fã inconteste do seu conterrâneo!
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