sexta-feira, 30 de abril de 2010

E eu ganhei um bolo

Já estou confundindo quantos anos tenho. E tenho errado a conta para cima.
Outro dia li um artigo em que falavam de como Abril é um mês cruel. De imposto de renda, de desastres naturais e uma lista enorme de coisas ruins e fiquei pensando, mas esse camarada não sabe que Abril é o mês do meu aniversário?
E o mês de aniversário do meu sogro, da minha mãe, do meu compadre, do meu amigo, da minha colega de trabalho, da minha sobrinha, da minha sobrinha-neta, caramba, esse camarada não sabe de nada!
Day off no trabalho, é um lindo presente. Dormi um pouco mais, almocei com as meninas e as levei para cortar o cabelo como se eu fosse uma mãe com total autonomia de agenda.
E recebi beijos, abraços, presentes, telefonemas, mensagens pela internet, SMS, arranhões da minha gata, tudo, tudo o que tinha direito no dia 28.
E, como adicional, no dia 29 que era o primeiro dia da minha idade nova recebi mais duas surpresas que dinheiro nenhum compra.
Minha amiga crespinha me ligou cheia de desculpas pelo atraso, mas ela estava na Disney! E falei com um grupo de amigas que deixaram o Pateta de lado para falarem comigo.
Mais tarde, em seguida a um outro abraço de parabéns, cobrei sem dó nem piedade de uma amiga baixinha, filha de confeiteiro, um bolo e não parabéns.
Desdenhou. Sorriu. E eu fiquei firme e forte em minha tese de que esse pai não existe, é um personagem imaginário, idealizado em algum momento difícil.
Pois não deu cinco horas da tarde e meu espaço foi invadido com balões, sorrisos, gente feliz que acredita que simplesmente gostar faz a vida diferente e eu ganhei um bolo!
Um bolo que o pai confeiteiro e mais real do que nunca fez de manhã, mas muito de manhã porque tinha um rodízio no meio do caminho.
Leve, delicioso, recheado de morangos e de uma verdade dolorosa: eu adoro fazer aniversário e ser paparicada, cumprimentada e surpreendida!

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